sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O prazer de não ser nada

Já havia refletido sobre esse tema a um tempo, mas hoje uma mesa de bar me fez relembrá-lo. Estava eu com um amigo tomando uma cerveja depois da aula, quando ele me falou que estava fazendo um curso de teatro, na verdade a oficina do TJA, que é talvez o melhor curso de teatro do estado.

Nós nos amamos! As poucas vezes que saímos juntos nos divertimos bastante. Simplesmente somos nós mesmos, sem contextos, sem patrimônio, sem sobrenomes. Apenas duas pessoas que amam achar graça.

Ele é super competente, super amável, sempre achei que seria alguém grande - mesmo que não tenha pressa em ser. Apaixonado pelo jornalismo, parece uma criança que começou algo novo no colégio.

Mas fora ele, me senti tão feliz por não ser nada! Está certo que mesmo se eu fosse alguém conhecido, importante, ainda assim seria seu mesmo em uma mesa de bar. Mas não seria a mesma coisa... não seria o mesmo contexto.

Vi como somos felizes em não nos preocuparmos com o que o outro iria pensar. Somos só nós, nossas vidas, nossas existências... não envolve negócios, dinheiro ou influência aquela conversa. Só nosso próprio prazer. Quantas pessoas quis conhecer melhor, mas a condição social ou algo parecido nos mantinha longe? Podíamos nos sentir atraídos mutuamente, mas isso envolveria tantas outras coisas que evitar talvez fosse a melhor solução...

Meu amigo... torço para que você seja UM GRANDE ATOR. OU UM GRANDE JORNALISTA. OU OS DOIS... Mas que continue meu amigo. E nos lembremos felizes desses anos de faculdade, nós lisos saindo para beber depois da aula no benfica.

Agradecam vocês a Deus que não são nada. Não sabem o quanto isso faz bem! Lógico, hoje, não para todo o sempre... mas se forem nada hoje, não reclamem: APROVEITEM!

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