quarta-feira, 17 de setembro de 2014

“Ninguém governa sem o PMDB” admite vice de Marina Silva*

*Com informações da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Brasil247.


Nesta quarta-feira 17, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB), deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), declarou que “ninguém governa sem o PMDB” e que “não é preciso entregar o governo para o PMDB para ter governabilidade”.

A declaração vem a pressionar a candidatura Rede-PSB (Partido Socialista Brasileiro). Tanto a atual candidata Marina Silva como seu falecido companheiro de chapa, Eduardo Campos, criticavam a política de aliança com o PMDB adotada pelo seu principal adversário nesta campanha presidencial, o Partido dos Trabalhadores (PT).

Atualmente o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) constitui a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados e a maior no Senado Federal. Esteve aliado com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luis Inácio Lula da Silva (PT), de correntes ideológicas opostas.

A ação de Beto Albuquerque parece sinalizar uma aproximação com o PMDB prevendo uma aliança de governabilidade caso Marina seja eleita. Neste mesmo ciclo de entrevistas, o atual vice-presidente e candidato a vice na chapa com Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), afirmou que caso a acreana seja eleita o PMDB será oposição ao seu governo.

Outro ponto polêmico da entrevista foi a relação entre a candidatura pessebista e o agronegócio. Ligado à bancada ruralista no Congresso Nacional, a indicação de Beto Albuquerque para a chapa foi uma sinalização para o setor de que a ambientalista Marina Silva não interviria em seus negócios.

“Não há dicotomia entre sustentabilidade e desenvolvimento” afirmou Albuquerque, que garantiu ainda “respeito” ao Código Florestal, conjunto de leis aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro em maio de 2012.

Albuquerque afirmou ainda que a permanência de Marina Silva no PSB após uma eventual vitória não é uma obrigação.

“Acho que o sonho de fazer a Rede é legítimo, mas acho que Marina fica como presidente no PSB, embora isso não seja uma obrigação”, declarou o deputado gaúcho.

Texto produzido como exercício para o blog da disciplina Jornalismo Online da Faculdade Cearense 2014.2

Skank aproveita evento nacional para fazer propaganda política

Durante sua apresentação no Festival Rock in Rio, na cidade do Rio de Janeiro, o cantor Samuel Rosa, do grupo Skank, aproveitou a deixa da musica "É proibido fumar", de autoria de Roberto e Erasmo Carlos, para defender seu lado político. "Maconha é proibida, mas mensalão de novo pode, né?" afirmou para delírio de seus fãs, em sua grande maioria formado por jovens.
Crédito: G1
Crédito: G1
Rosa não aproveitou a ocasião para divulgar as arbitrariedades que envolveram a Ação Penal (AP) 470, que ficou conhecida como o "Mensalão". Os erros processuais da AP 470 levaram à renúncia de seu relator e então presidente do Supremo Tribunal Federal neste mês de agosto, Joaquim Barbosa, pressionado pela classe advocatícia.
Mais intrigante ainda é a relação entre a AP 470 e a Cannabis Sativa.
Quando o artista decidiu não falar o outro lado da moeda, fazendo uma analogia direta entre os dois casos mesmo sem haver, torna-se clara sua intenção não de informar o público, mas divulgar seu ponto de vista. Samuel Rosa, assim, serve de 'testa de ferro' para os interesses dos partidos de oposição do Brasil, geralmente ligados à classe empresarial e meios de comunicação, grupos de fundamental importância para a sobrevivência de um grupo musical.
Se Rosa desejava que seu comentário tivesse uma conotação positiva deveria deixar claro sua intenção com o protesto - apoiar os partidos de oposição no Brasil. Embora, diante do contexto, esse esclarecimento seria de difícil compreensão, já que estamos falando de um público jovem, em sua maioria não conhecedor do funcionamento do Show Business no mundo.
O grupo Skank em uma participação no programa Altas Horas, da Rede Globo de Televisão.
O grupo Skank em uma participação no programa Altas Horas, da Rede Globo de Televisão.
Alguns pesquisadores acreditam que uma pessoa famosa, conhecida do grande público, tem condições de influenciar no voto dos eleitores ao emprestar sua imagem ao candidato. Essa tática, entretanto, não é discutida abertamente, pois a presença do artista precisa parecer voluntária para que surta efeito.
O presidenciável Aécio Neves com artistas "globais".
O presidenciável Aécio Neves com artistas "globais".
Ainda analisando a fala do vocalista da banda, Rosa fala em 'fazer de novo', sem explicitar o porquê, já que o esquema de compra de votos no legislativo - uma criação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) - teria acabado com sua descoberta. Rosa também não deixa claro o porquê do processo contra o PT ter andado tão rápido, embora o processo contra o PSDB estar parado no legislativo brasileiro correndo o risco de prescrever.
A ação do grupo Skank denota a estratégia da oposição brasileira: não consegue vencer o Partido dos Trabalhadores nas urnas, então a ideia parece migrar para meios alternativos de ir desgastando o Partido, como exploração de escândalos políticos com cobertura jornalística parcial e terrorismo midiático - basta que lembremos das câmeras de televisão transmitindo o "show" mensalão ao vivo para todo o País ou as capas sensacionalistas da Revista Veja.
Veja-mensalão

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pelo Twitter, agência de notícias rebate acusação de ser “governista”

A Agência de Informação Frei Tito para América Latina – Adital, organização não governamental ligada à Teologia da Libertação, cujo principal objetivo é ser uma agência de notícias dos movimentos sociais e defensores dos direitos humanos na América Latina e Caribe, atuando de forma contra-hegemônica à mídia tradicional, participou de uma discussão em sua conta do Twitter (@agenciaadital), no último dia 14 de agosto, sobre sua pauta jornalística.

Pela rede social de microblogs, uma leitora (@personalescrito) acusou a Agência – que não recebe verbas públicas em publicidade de nenhuma instância governamental – de que não estaria cobrindo os conflitos indígenas no Brasil por sua ligação com o teólogo, escritor e defensor dos direitos humanos Leonardo Boff (@leonardoboff), que seria “governista”.

A leitora fazia referência a uma matéria que saiu sobre conflitos indígenas na América Latina, onde não teria sido citado o caso brasileiro.


A Agência dispôs-se a informar à leitora que Leonardo Boff não comanda a ONG, sendo apenas um colaborador de conteúdo, com seus artigos de opinião.


Reconhecendo a ausência da cobertura do caso brasileiro na matéria referida, tendo em vista que essa cobertura dos conflitos indígenas no Brasil foi e continua sendo realizada em outras matérias produzidas e/ou publicadas pela Adital, a Agência informou que não tem ligação com o governo Federal e, como prova, antecipa uma entrevista que estava em vias de ser publicada com Otávio Penteado, cientista social da Comissão Pró-Índio de São Paulo, instituição ligada aos direitos indígenas que, inclusive, acusa o governo brasileiro de bloquear o processo de demarcação de terras.
Apesar de Leonardo Boff não ocupar formalmente nenhum cargo no governo federal, recentemente, o escritor declarou, publicamente, que apoia a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o que teria incomodado setores da sociedade civil organizada, rompidos com o governo.

Ao final a leitora agradeceu a atenção e aproveitou para sugerir temas para a entrevista.


Ainda via Twitter, alguns dias depois, a leitora voltou a cobrar uma posição da Agência em relação aos atuais conflitos indígenas no Brasil, o que foi respondido com o link direcionando a leitora à entrevista citada anteriormente.



Com o advento das Redes Sociais, momento em que o público passa a ter oportunidade de interagir, direta e publicamente, com suas empresas ou marcas, tornou-se imperativa a necessidade de administrar esse importante canal de comunicação com seu público.

As Redes Sociais, hoje, são um importante segmento de trabalho para os egressos dos cursos de Comunicação Social. Nessa agência (Adital), por exemplo, apesar de tratar-se de uma empresa com objetivos jornalísticos, foi escolhido um publicitário como gestor das novas mídias.

Siga o autor deste post @pauloemanuel

*Postagem produzida como exercício para o Blog da turma de Jornalismo Online da Faculdade Cearense.