Confesso que sinto pena do sofrimento dos cristãos "romanos". Fui criado na religião católica e quando alguém morria me acabava de chorar, sofria feito a peste...
O fato é que o medo da morte foi (e ainda é) o mecanismo de controle mais eficaz de seus fiéis. A libertação da vida como algo extremamente positivo é muito confortante no espiritismo. Se Jesus nos prometeu a vida eterna, porque imaginar que tudo acabou ali, no caixão? Será que não nos encontramos depois que chega a nossa vez?
E não falando teologicamente, falando logicamente (perdão o trocadilho - hehe, mas, lógico, amparado pelo nosso sempre presente amigo Peirce)... faria sentido um sistema de existência que produzisse um bocado de informação (toda a história de uma vida, inclusive as particularidades que só a pessoa viveu e soube) e simplesmente as excluisse, desse um shift-del + enter? Porque viver, produzir, ser correto, então?
Por isso acredito que voltamos... precisamos por em prática aquilo que aprendemos e refletimos durante nossa vida. Imagine-se na velhice, e vendo tudo aquilo que viveu e pensando: "Ah se fosse hoje, tinha feito diferente!" rsrs bom, estou falando de mim. Simplesmente é lógico! Um sistema que gera conhecimento - o universo - e uma forma de pô-los em prática: a vida.
Espero estar sendo claro. Acreditemos, ocidentais, viver é muito mais do que fazer uma faculdade, comprar um carro, casar e ter filhos... esse é o véu de maya, a "crosta sígnica" de representações em que nos "seguramos", que nos acolhe, que nos dá um sentido...
Imagine a vida que você pode ter tirando suas expectativas dos planos, digamos, "normais"? rsrs boa sorte nesse pensamento!
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