domingo, 26 de junho de 2011

A puta daquela noite


Hoje conheci alguém
Que mexeu com minhas entranhas
Que me hipnotizou, me desequilibrou
Que a simples presença pôs abaixo minha máscara arrogante

Tinha a pele branca
E olhar felino
Dançava rebolando
E seu quadril me fez delirar
Seu nome descobri
é Maria-não-sei-o-quê
Mas quando a vi rebolando
carinhosamente a apelidei de puta.

Pois seus gestos graciosos
Tiveram a ousadia de arrepiar meu pêlo
E me fazer delirar

Ó, como se atreve
Tu, a mais puta das putas
A única que chama minha atenção na noite
A mais bela do salão
Arranca meu peito e me excita

E, por um minuto, me faz sentir-me vivo
E novamente sinto sangue correr em minhas veias
E lágrimas descer por meus olhos

Ó, não posso te arrastar para minha cama
Melhor, ou pior, não consigo
Pois posso voltar a sofrer
E isso não quero mais

Não sei o que me mantém vivo
Pois meu coração parou de bater
Acho que desisti de ser feliz

Nenhum comentário: