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Poeta de uma nota só
Que não teme a morte
Muito menos a vida
Saber demais, louca ilusão
Quando não pretensão
De amar a si mesmo
Como se ama o próximo
Palavras que voam
Palavras que ficam
O amargar da boca
Confunde-se na fumaça dos carros
Dois pés no chão
E nenhum juízo na cabeça
Parar para quê? O tempo não passa de uma ilusão
Existe na cabeça dos fracos e dos escravos
Personagens vivos dessa multidão de povos
Dignidade? Outra ilusão
No meio de tanto trabalho
Para que trabalhamos mesmo
Se nossos ganhos não passam de esmola?
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