sábado, 18 de dezembro de 2010

Londres - balanço: Busca





Para que empreendemos uma viagem? Para que perder suas certezas, seu dia-a-dia, seu beijo gostoso de bom dia dos pais?

Para que se vive? Para se descobrir? Quem é você, você sabe? Para que se descobrir, conhecer a si mesmo? As vezes, e melhor nao ir tão fundo.

Melhor não. Mais fácil.

Todas as viagens que fiz nao foi atras de arquitetura, ponto turistico ou conhecimento geográfico: em outras culturas busquei a mim mesmo.

Sim, pois não conheço o suficiente eu mesmo. Não me conheco porque vivi escondendo a mim mesmo intencionamente: não queria ir tão fundo. Escondia-me por tras de uma máscara arrogante que presunçosamente dizia-se sob controle, todo poderoso.

Não conhecia eu mesmo.

Agora, mesmo que por um instante, conheco eu mesmo! E entendo o porquê de tanto me esconder: sinto medo. E tenho medo por sentir tanto medo. E sinto vergonha por sentir tanto tanto medo.

Medo de amar e ser rejeitado. Medo de amar e me frustrar, de perder o que me é mais caro: a liberdade. O ar que respiro. O ir e vir. O aprender e quebrar a cara. O crescer.

Vivemos para conhecer a nós mesmos? Acho que sim. Vivemos para alcançar o equilibrio? Talvez. Mas para que mesmo tanta liberdade? Para que tanto equilibrio?

Questões, questões... Mas como buscar respostas sem perguntas? Como alcançar o equilibrio sem sofrer o desequiíbrio? Existe amor sem o ódio?

A vida de quem busca constitui-se mais de perguntas que de respostas. E quem busca, pode ser que um dia alcançe.

Fortaleza: Chegando em Fortaleza em meia hora. O que me aguarda? O que me espera?

Já sei que sim, eu sinto medo. E pensar que pensava não sentir...

3 comentários:

Paulo Emanuel Lopes disse...

Pôr do sol no Maceió. Uma foto que tirei a bastante tempo

Fernando Veras disse...

Que bom que vc voltou a postar no blog. Morando ao lado da belíssima Maceió não dá nem pra pensar em Londres. Keep posting!

Paulo Emanuel Lopes disse...

Thank you Fernando! Realmente, enquanto eles estão debaixo de neve - onibus parando sem completar o percurso, aviões parados nos aeroportos, e o humor em geral da cidade lá embaixo - nós aqui nos esbaldamos sob um sol abrasador, em uma cidade banhada pelas águas mornas do atântico