terça-feira, 28 de agosto de 2012

Montanhas, relevos e poesia



Entre tardes de completo delírio
Eu me sento aqui, nesse penhasco,
envolto em uma completa solidão

O penhasco parece que como um palco,
com platéia e luzes
onde fico a aproximar-me, e a apreciar
as maravilhas daquele olhar
de mar intenso
e imensas montanhas
Todas, a me observar

Juntos tecemos grandes planos
Elas me ajudam, eu as ajudo

E assim eu, as montanhas e os relevos apreciamos nossos finais de tardes,
de imensa solidão e poesia

O homem esqueceu de apreciar as montanhas, entre bucólicos e melancólicos finais de tarde
quando aprendeu a viver, de outra forma,
passando seus finais de tarde de pura solidão,
em frente à TV

Desde então as montanhas, os relevos e os pores do sol
ponham-se a cantar, e a gritar
na esperança de chamar a atenção de alguém que, em um momento de solidão,
ponha-se a escutá-las
e a lhes fazer companhia

Para, juntos, apreciarem mais um final de tarde
no topo daquele penhasco